LEVANTAMENTO PRELIMININAR DE MACACOS: ALTO CUIEIRAS

Introdução

O Amazonas vem sofrendo grande pressão extrativista desde o século passado, ou seja, pela exploração desordenada de madeira, caça e pesca. A extração madeireira e o esforço de caça são mais intensos ao longo dos cursos d’água; o Rio Cuieiras é um desses exemplos. Ao longo deste rio existem diversas comunidades de ribeirinhos (caboclos) que utilizam o rio e a floresta como fonte de subsistência. As comunidades são mais numerosas entre o médio curso do rio até a foz, onde a perturbação ambiental é mais intensa (Fig.1).

De fato, os indígenas e caboclos sempre dependeram da caça e pesca como principal fonte de alimento (Gross 1975, Ayres et al. 1979). No entanto, a presença constante de caçadores em áreas relativamente pouco habitada, como o trecho entre o médio e alto Cuieiras (Fig. 2), indica que os caboclos não estão caçando apenas para subsistência (Fig. 3).

Comunidade típica do Rio Cuieiras Picture 2 - "Cabloco" treating the hunt of the night before. See two pacas in the first plan. The partial view of high Cuieiras River. Cuieiras River.

E sim, estão aumentando o esforço de caça devido a crescente demanda de carne de animais silvestres por centros urbanos (restaurantes e caça por encomenda). Isto quer dizer, os intermediários pagam por cada animal caçado, seja por peso de carne, diárias ou alimentos. Embora animais menos comuns como a anta, veados e macacos (e.g. guaribas e macacos-aranhas) sejam caçados, a paca e a cotia estão entre os mais facilmente encontrados (Fig. 3). Como os ribeirinhos carecem de programas de assistência social e de uso da terra por parte do governo, esta atividade está cada vez mais difícil de ser controlada. Pois, o IBAMA regional não tem recursos e pessoal para fiscalizar uma área tão grande. Esta situação pode ainda se agravar porque a direção geral desse Instituto pretende extinguir 13 órgãos de fiscalização no estado (J. Leland, "a Crítica" 2/9/2000).

Por outro lado, o ecoturismo pode ser uma alternativa, porque ele associa interesse econômico e proteção ambiental. No Quênia, por exemplo, este tipo de turismo é uma das atividades mais lucrativas do país (EMBRATUR 1994). Em termos mundiais é um mercado em expansão, cresceu cerca de 60% na última década (EMBRATUR 1994). Considerando a abertura de novos hotéis de floresta nas proximidades de Manaus, já é possível prever que este mercado também está em expansão na região. Parte da Bacia do rio Cuieiras já vem sendo utilizada pela indústria do ecoturismo. No entanto, não houve nenhum estudo prévio de cunho social ou de impacto ambiental no local. Se ele for bem estruturado, sem dúvida poderemos buscar alternativas para envolver as comunidades de caboclos, e assim gerar empregos diretos e indiretos. Desta forma poderíamos diminuir a pressão extrativista exercida por eles no ambiente e colaborar com programas de conservação.

Para tanto, será necessário conhecer melhor a composição e abundância das espécies da flora e fauna, e avaliar o impacto que a pressão humana vem causando nas suas estruturas. Pois, poucos estudos foram desenvolvidos até o momento. Por exemplo, os estudos de vegetação são mais direcionados à espécies arbóreas de terra firme (Jardim & Hosokawa 1986/87, Higuchi et al. 1998). Embora pouco se conheça sobre a composição das matas de igapó do local, é possível que elas contenham uma grande similaridade de espécies já descritas para estes ambientes na região do Rio Negro (Keel & Prance 1979, Pires & Prance 1985, Ferreira 1997). Com relação a fauna, alguns levantamentos foram desenvolvidos em matas de terra firme mais ao oeste da Bacia do Cuieiras (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, PDBFF/INPA), incluindo primatas (Rylands & Keuroghlian 1988) e pequenos e médios mamíferos (Emmons 1984, Malcolm 1990, 1997). Muitos desses animais também devem ocorrer na Bacia do Cuieiras. Mas, a fauna de primatas nas áreas de mata ao longo do Rio Cuieiras é um pouco mais diversa (8 espécies) do que as áreas do PDBFF (6). É possível que o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), uma espécie em risco de extinção (IUCN 1995), seja uma dessas espécies. Portanto, se conseguirmos um conjunto maior de informações, será possível estabelecer planos de uso da terra e conservação para a área em questão.

OBJETIVO DO ESTUDO

O objetivo principal foi o de fazer uma avaliação preliminar da fauna presente na região do alto Rio Cuieiras, com ênfase em primatas. Este grupo foi escolhido porque desperta grande interesse de ecologistas, e podem ser bons indicadores de perturbação ambiental. Outro fator que pode despertar interesse conservacionista, é a presença de espécies em risco de extinção, como o sauim-de-coleira (Saguinus b. bicolor). Apesar do alto Cuieiras estar próximo dos limites de sua distribuição, a sua presença ainda não foi comprovada devido a carência de levantamentos no local.

ÁREA DE ESTUDO

O estudo foi desenvolvido no alto Cueiras entre os limites da ZF2 (S 02 33 W 060 19), vicinal que liga a BR174 com o rio Cuieiras, e cerca de 5 km acima do entrocamento do Rio Branquinho (S 02 31 W 060 16) (Fig. 4 imagem de satélite muito grande para disponibilizar na internet).

A topografia do terreno é suave com declives moderados; os solos são do tipo latossolos amarelos, argilosos e geralmente pobres em nutrientes minerais (Sombroeck 1984) . A precipitação anual varia de 1355 a 2840 mm (Higuchi etal. 1998). A variação anual de flutuação no nível das águas dos rios da região é de 14 m, sendo que o período entre a cheia (Dezembro-Julho) e baixa (Agosto-Janeiro) varia de 50 a 270 dias (Ferreira 1997). A área possui vegetação de inundação (mata de igapó) e de terra firme (Pires & Prance 1985). Nas matas de igapó da região do Rio Negro, as leguminosas são as espécies mais comuns ao longo das margens de rios e igarapés. Individualmente, Aldina latifolia (Leguminosae) e Amanoaoblongifolia (Euphorbiaceae) são as mais numerosas (Ferreira 1997), mas Couratari tenycarpa é particularmente abundante em áreas constantemente alagadas (P. Apóstolo, comunicação pessoal). A floresta não alagada é do tipo densa de terra firme amazônica (Pires & Prance 1985). Este tipo de vegetação é bastante heterogêneo, onde as famílias mais importantes são: Lecythidaceae, Sapotaceae, Euphorbiaceae, Caesalpinaceae, Moraceae e Mimosaceae (Jardim & Hosokawa 1986/87, Rankin-de-Merona et al. 1992). As espécies vegetais estão distribuídas dentro de três principais hábitats (platô, encosta e baixio). No platô, as árvores mais importantes são a castanha de macaco (Cariniana micrantha, Lecythidaceae), marupá (Simaruba amara, Simarubaceae), cumarurana (Dipteryxmagnifica , Fabaceae), muirapiranga (Eperua bijuga) e violeta (Peltogyne catingae, Caesalpinaceae), rosada brava (Micropholis williami, Sapotaceae), angelim pedra ( Diniziaexcelsa , Mimosaceae), castanha jarana (Lecythis retusa, Lecythidaceae) e caroba (Jacaranda copaia, Bignoniaceae). Na encosta, a rosada brava, carapanaúba (Aspidospermumoblogum , Apocynaceae), cupiúba (Goupia glabra, Celastraceae), macucu murici (Vantanea sp., Humiriaceae), periquiteira (Cochlospermum orinoccense, Bixaceae), violeta (Peltogyne catingae, Caesalpinaceae) e macucu ( Licaniamicrantha , Chrysobalanaceae). No Baixio, encontramos novamente a rosada brava e outras como a dima ( Crotonlanjouwensis , Euphorbiaceae) e castanha de cotia (Ptychopetalum sp., Olacaceae) (Higuchi et al. 1998), Matá-matá (Eschweileraodora , Lecythidaceae), abiurana (Micropholis sp., Sapotaceae), ripeiro vermelho (Corythophora alta, Lecythidaceae), seringarana (Micranda rossiana, Euphorbiaceae) e muirapiranga (Eperua bijuga, Caesalpiniaceae) (Higuchi et al. 1998).

METODOS

O censo de primatas seguiu o método de observação ao longo de um transecto linear (NRC 1981). Este método considera um transecto com um comprimento pré-estabelecido, onde a sua largura pode ser calculada considerando a distância observador-animal ou animal-transecto. Neste estudo a largura do transecto foi de 60 m (30 m de cada lado), assim a densidade foi calculada pela seguinte fórmula:

Densidade = Total número de indivíduos amostrados/ total de área amostrada (resultado em km2).

A metodologia do transecto consiste na caminhada de um observador, utilizando um binóculo, a uma velocidade constante de 1-1.5 km/hora e com paradas a cada 50 m. As paradas permitem ao observador perceber ruídos e movimentos dos animais e, assim, aumentar a eficiência do censo. Cada vez que um animal ou grupo foi observado, foram registradas as seguintes informações: horário, tipo de hábitat onde o animal foi encontrado, espécie, número de indivíduos, modo de detecção (visual, movimento, vocalização, cheiro e fezes), distância animal-observador, distância perpendicular entre o animal e o transecto, altura que o animal foi avistado, classe etária e tipo de recurso alimentar utilizado (facultativo). Três tipos de ambientes foram amostrados durante os censos; (1) borda de mata de igapó (margem de rio), (2) mata de igapó e de transição e (3) mata de terra firme alta. O ambiente de borda de igapó foi amostrado utilizando uma canoa (motor 15 HP) à uma velocidade constante de 4 km/hora (transecto de 5 km entre o limite da ZF2 e Cuieiras acima do entrocamento com o Rio Branquinho). Nos demais ambientes foram utilizados duas trilhas de 3 km de extensão cada. Paralelamente, registramos todos os indivíduos que foram observados fora do percurso ou após os censos terem sido realizados. Outros meios de detecção também foram usados (vocalização, fezes, etc.). Embora este estudo fosse centralizado em primatas, registramos todos os demais grupos encontrados durante os censos.

RESULTADOS

Os censos foram desenvolvidos durante a estação seca entre os meses de Setembro e Outubro de 2000. Os dados foram coletados utilizando três excursões, num total de 10 dias de campo. A distância percorrida não foi uniforme entre os três ambientes, ou seja: (1) mata de terra firme alta, 15 km; (2) mata de igapó e de transição, 6 km; e (3) mata de áreas constantemente alagadas (margem de rio), 18 km. O censo registrou quatro das sete ou oito espécies de primatas que ocorrem na área, ou seja: macaco-aranha (Atelespaniscus ), cuxiú (Chiropotes satanas), macaco-prego ( Cebusapella ) e macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus). O guariba (Alouatta seniculus) só foi observado uma única vez durante percursos ocasionais. Já o parauacú (Pitheciapithecia ), sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) e o sagui-da-mão-douro (Saguinus midas) não foram registrados. Uma das razões foi o baixo esforço amostral realizado (seis dias de censos), e por isso a estimativa de densidade de primatas só foi calculada para efeitos comparativos. De qualquer maneira alguns dados regionais também foram incluídos por apresentarem uma tendência geral para a Amazônia Central (Tabela 1). O macaco-de-cheiro, um animal de hábito insetívoro-frugívoro, ocorre predominantemente nas matas de igapó e de transição, e tudo indica que é a espécie mais abundante nestas áreas. O cuxiú também só foi observado utilizando mata de igapó (consumindo sementes de Couratari tenycarpa, Lecythidaceae). Esta planta é bastante comum nas bordas dos rios. No entanto, eles não foram registrados nas matas de terra firme de entorno, assim como os macacos-pregos; talvez devido a maior disponibilidade de recursos nas matas de igapó neste período do ano.

Embora este estudo foi centralizado em primatas, paralelamente registramos outros grupos animais durante os censos. Os dados revelaram que existem espécies indicadoras de ambientes com menor grau de perturbação, tais como:

> Aves: gavião-real ( Harpia harpyja ), mutum (Crax alector), jacú (Penelope sp.), jacamim (Psophia viridis), inhambu-galinha (Tinamus sp.), tucanos (Ramphastos tucanus) e araras (Ara macao e A. ararauna).

> Mamíferos: anta ( Tapirus terrestris), veado (Mazama americana), catetú (Pecari tajacu), ariranha (Pteromura brasiliensis),paca (Agouti paca) e cotia (Dasyprocta leporina).

Tabela 1. Densidade de primatas em três diferentes tipos de hábitats do alto Rio Cuieiras. A densidade regional encontrada para algumas espécies em mata de terra firme também está incluída, assim como observações ocasionais e outros meios de detecção que comprovaram a presença da espécie no local.

Habitat Espécie Densidade (ind.km -2) Densidade Regional* (ind.km-2) Incluindo todos os meios de detecção****
Terra FirmeAteles paniscus 1.41.0SIM
Alouatta seniculus -10.5SIM
Chiropotes satanas -5.5-
Pithecia Pithecia -0.7-
Cebus apella -2.2-
Saguinus midas -3.9-
Bicolored Saguinus ---
Igapó e Mata deAteles paniscus ---
TransiçãoAlouatta seniculus --SIM
Chiropotes satanas --SIM
Pithecia Pithecia ---
Cebus apella 30-SIM
Saimiri sciureus 60-SIM
Saguinus midas ---
Bicolored Saguinus ---
Margem de RioAteles paniscus ---
Alouatta seniculus ---
Chiropotes satanas 4,6-SIM
Pithecia Pithecia ---
Cebus apella ---
Saimiri sciureus --SIM
Saguinus midas ---
Bicolored Saguinus ---

* Rylands & Keuroghlian 1988
** Censos, observações ocasionais, vocalização e fezes

Além da fauna, a floresta local também possui espécies arbóreas que indicam menor pressão extrativista, tais como: o cardeiro ( Scleronemamicrantha ), acariquara (Minquartia guianensis), amapá (Brosimum parinarioides), tanimbuca (Buchenaviaparvifolia ), angelim-pedra (Dinizia excelsa) e cajuí (Anacardium occidentale).

DISCUSSÃO

O sauim-de-coleira uma espécie bastante ameaçada de extinção (IUCN 1995), tem a sua área de distribuição geográfica localizada às vizinhanças de Manaus (Hershkovitz 1977, Ayres et al. 1980). Embora a Bacia do Cuieiras provavelmente esteja dentro da área de sua distribuição, ele não foi registrado durante os censos. Mas será que ele ocorre no local de estudo? Os moradores locais acreditam que esse sauim ocorra nas proximidades. No entanto, é mais provável que o sauim-da-mão-douro (Saguinus midas) seja mais abundante no local; a transição entre estas duas espécies parece ser mais a jusante do rio (S. Egler, dados não publicados). No entanto, Egler ainda não finalizou todos os levantamentos propostos para a região. É possível que levantamentos mais intensivos, incluindo toda a área da Bacia, possa esclarecer esta questão no futuro.

Apesar de que a maioria das espécies previstas para a área foram detectadas, poucas delas foram registradas durante os censos, principalmente em áreas de floresta de terra firme. Uma das razões foi o baixo esforço amostral e, provavelmente, por ser um período de baixa disponibilidade de frutos nestas florestas. Portanto, os dados de densidade encontrados devem ser vistos com certa cautela. De qualquer maneira, esperava-se um maior número de registros durante os censos, principalmente de espécies mais abundantes, como os guaribas. Portanto, embora os resultados sejam preliminares, já é possível indicar que existe uma pressão humana nas populações de primatas na região. De fato na Amazônia, os animais como o guariba, macaco-aranha, anta e veado, são o principal alvo dos caçadores (Smith 1976, Redford & Robinson 1987, Peres 1990). Os resultados do censo e os constantes encontros com caçadores reforçam esses dados. Ao contrário, espécies de menor interesse, como o macaco-de-cheiro, ainda parece ser abundante na região. Assim como, em outros locais de sua distribuição (Klein & Klein 1975, Terborgh 1983, Robinson & Janson 1987).

A pressão de caça parece ser mais intensa nas áreas de entorno dos cursos d’água. Por exemplo, houve apenas um registro de guariba (não computado durante o censo) dentro de uma faixa entre o rio e 3 km no interior da mata. No entanto, todas as cinco vocalizações de guaribas foram ouvidas além desta faixa. De fato, não existe alternativa por terra que facilite o acesso à áreas distantes, pois o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) controla a entrada de pessoas que utilizam a estrada ZF2; uma vicinal da BR 174.

Com o asfaltamento da BR 174, houve uma expansão na ocupação humana nas áreas de entorno, assim como nas suas vicinais (Fig. 5). Essa ocupação desordenada está causando um aumento na destruição da floresta, e facilitando o acesso a áreas antes remotas (Laurance &Vasconcelos 2000), como a região do alto Cuieiras. Sendo assim, se houver uma maior conscientização e fiscalização nas regiões ribeirinhas, será possível proteger uma grande área de florestas; parte dela já é protegida pelo INPA.

Concluindo, apesar da pressão extrativista na área em questão, os dados revelaram que existem espécies da flora e fauna indicadoras de ambientes com menor grau de perturbação. Portanto, ainda é possível considerá-la como um refúgio ecológico. Mas, o que podemos fazer para preservá-la ou pelos menos evitar uma maior perturbação ambiental? Infelizmente não existem planos à curto prazo para solucionar esta questão. É possível que o ecoturismo seja uma das alternativas para associar conservação com interesse econômico. Desde é claro, que a população local seja envolvida. Para tanto, estudos de fundo social, econômico e de impacto ambiental devem ser considerados antes de qualquer ação.

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Coordenador:

Wilson Roberto Spironello
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Fonte financiadora:

Conservation International (US)

Equipe de Apoio:

Ademir Costa de Oliveira (INPA)

José Eremildes de Souza Gomes (Mateiro)

Paulo Apostolo Costa Lima Assunção (Mateiro)

Ricardo Daniel Pedroso (Viverde Turismo)

Novembro de 2000